domingo, 19 de abril de 2020

A mais triste tarde de domingo

Dia 17 de dezembro de 1961. Famílias se animavam para visitar o Gran Circo Norta-Americano, que estava instalado na praça do Expedicionário, em Niterói. Ninguém poderia esperar que, naquele dia, aconteceria o maior desastre circense de todos os tempos.
Esse triste acontecimento marcou a história do município de Niterói e seus habitantes que presenciaram o incêndio que tirou a vida de 503 pessoas.


Panfleto anunciava a chegada do Gran Circo à cidade. Foto retirada da internet

Izabel da Silva, moradora de Niterói, conta como foi a experiência de ter testemunhado a tragédia que marcou para sempre a história da cidade.

"Eu tinha 15 anos quando o circo pegou fogo. Eu até ia nesse dia, com minha amiga Alfira, era um domingo de sol. Mas depois decidi não ir. Passado um tempo eu soube que o circo estava em chamas! Para mim foi um livramento, porque eu ia morrer.


Desastre causado pelo incêndio

Da minha casa para o circo era muito pertinho, então eu fiquei sabendo logo. Eu não vi da minha casa, mas eu ouvia as pessoas falarem 'o circo está pegando fogo!'.
A tragédia foi horrível! O elefante pisoteou várias pessoas, mas também salvou muita gente porque ele abriu caminho para as pessoas correrem. Desde esse incêndio, eu fiquei com medo e nunca mais fui em circo".

O Gran Circo após a tragédia

Izabel também afirma que o cemitério ficava 24 horas aberto, e, além disso, foi preparado um novo cemitério para enterras as vítimas fatais.


Cemitério do Maruí lotado para enterro de vítimas